
Quatro asas a dançar no ramo quatro leques a agitar o ar; cumpre-se o ritual da primavera de duas mansas criaturas – um par que na estranha dança nupcial (jogo que retrai e une) surge a provocar vertigem no segredo doce que resume dois corpos enlaçados. Vai e vem em rodopio original; atração banal ou natural recusa que se aninham ao desafio final. A tensão agiliza as asas: proas altivas - sem esgar nem gemido. A tília dá a sombra, templo onde pousam no baixar de guarda já tardio. A volúpia que esmorece - o avanço e o recuo. Segredo no requinte da eterna dança que resume o essencial - a continuação da espécie.
Uma alegoria apologética da natureza.
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